Meu nome é Caio Henrique de Oliveira Santana, tenho 21 anos. Nasci e cresci em Ji-Paraná, Rondônia, longe dos grandes polos de tecnologia, e isso moldou meu jeito de resolver problemas. Muitas vezes precisei aprender sozinho, porque as oportunidades por aqui eram raras.
A adolescência foi dura, além dos desafios que todo mundo enfrenta. Entre os 14 e os 20 anos, lutei contra dois cânceres em sequência. Tudo aconteceu muito rápido: hospital virou rotina e disciplina deixou de ser escolha, era questão de vida.
No segundo tratamento, recebi um transplante de medula óssea do meu irmão, um presente que mudou tudo. Saí daquela fase ainda mais teimoso em não desistir. A partir dali, as coisas começaram a caminhar.
Mesmo com as lacunas das aulas de matemática, a tecnologia sempre me chamou. Programação autodidata virou paixão: horas construindo, quebrando e consertando projetos. Aprender fazendo se tornou meu padrão para qualquer coisa relacionada a código.
Busco o que realmente importa: fundamentos de ciência da computação. Para mim, base sólida vem antes de framework, e levo essa mentalidade para todos os projetos.
No BuscaSim, atuar como full-stack me ensinou muitoo sobre escalabilidade. Construí features que moveram métricas de verdade: um motor de testes A/B com lógica por fluxos, dando flexibilidade à empresa, e uma camada de integração com múltiplas APIs usando Strategy Pattern. Ver impacto real no usuário ensina responsabilidade como teoria nenhuma consegue.
Hoje curso Ciência da Computação e estou preenchendo as lacunas daqueles anos “perdidos”. Tento focar naqueles assuntos mais sólidos de tecnologia (famoso arroz com feijão tech), aquela parte que a maioria dos frameworks atuais tenta abstrair cada vez mais. Faço isso pois quero ter uma base realmente sólida, e sinceramente, gosto bastante também.
No fundo, continuo obcecado por jogos. Quis ser pro player de CS:GO ou Fortnite mass... não aconteceu. Entretanto o espírito competitivo migrou para o código. Encaro programação com muita seriedade: treino constante, melhora contínua, sempre buscando dar o próximo passo.
Hoje, equilibro trabalho, estudos e recuperação física. Sigo uma rotina de treino, nutrição e sono. Sem extremos, apenas constância. Todos os dias, avanço um pouco mais, seja na academia, em livros ou na prática.
No fim, minha história não é só sobre stack ou sobre eu ser algum gênio no código. É sobre teimosia e recusa em ficar no chão. Simplesmente sou obcecado pelo que faço, e é isso que vêm me trazendo tão longe. Claro, isso aqui é só o primeiro capítulo.
Espero que esse pedaço da minha história te inspire de alguma forma.
— Tudo de bom, Caio Henrique.